A adoração da nostalgia está matando a sua igreja?

A nostalgia é lembrança sentimental de épocas anteriores ou eventos significativos que continuam a provocar recordações pessoais felizes ou significativas. Pode ser um momento saudável de reflexão, desde que seu objetivo principal seja lembrar como o passado lançou as bases para o presente e o futuro. Se, no entanto, essas lembranças resultarem em um anseio excessivo e compulsão para retornar aos “bons velhos tempos”, então a nostalgia do culto pode estar matando sua igreja.

A palavra nostalgia é derivada das duas palavras gregas: nostos, que significa regresso ao lar, e algos, que significa dor. Os profissionais médicos que cunharam a palavra no final do século XVIII descreviam uma condição emocional e física, e não significando uma condição atual sobre pensamentos melancólicos de épocas anteriores. Em sua definição original, a nostalgia era vista como uma condição incapacitante que deixava os sofredores incapacitados pelo desespero ou pela intensa saudade de casa.

Nos Estados Unidos, a nostalgia foi considerada uma razão legítima para a liberação voluntária do serviço militar até a década de 1860. Se um soldado ficou muito sobrecarregado por pensamentos de retorno ao lar ou a vida que ele deixou para trás, suas habilidades para o serviço poderiam ser comprometidas.

A nostalgia em doses razoáveis ​​pode proporcionar uma sensação de conforto. Mas em excesso pode ter um efeito negativo, perpetuando a crença de que um tempo anterior é preferível às condições atuais. Ser pego em sentimentos sobre um passado melhor pode fazer o presente parecer insatisfatório.

A nostalgia excessiva pode levar a igreja a romantizar, idealizar e até embelezar o passado, num esforço para coagir as gerações presentes a perpetuar esse passado para as gerações futuras. Consequentemente, estender essas práticas anteriores pode limitar uma congregação ao seu desempenho passado, potencialmente matando seus esforços presentes e futuros. O resultado final é uma igreja que tenta recriar momentos divinos, eventos ou até mesmo estações passadas.

8 Maneiras que a nostalgia pode estar “matando” sua igreja

  1. Tentativas são feitas para canonizar um estilo ou gênero musical específico.
  2. Conversas começam com “Você se lembra?” ao invés de “Você pode imaginar?”
  3. Uma quantidade desmedida de tempo é gasto planejando e preparando reuniões e aniversários.
  4. Muito mais tempo é dedicado a proteger práticas antigas do que orar e considerar novas práticas
  5. A Visão da liderança parece olhar no espelho retrovisor para a maneira como as coisas costumavam ser ao invés de olhar caminhos pela janela e pensar como as coisas poderiam ser.
  6. Os orçamentos são absorvidos na instituição física e organizacional sem considerar sua missão.
  7. Os líderes são selecionados ou dispensados ​​de acordo com a melhor maneira de representar e perpetuar o passado.
  8. Ressuscitar ou recriar ações antigas para refletir as gerações anteriores sempre tem prioridade sobre as ações mais recentes para impactar as gerações futuras.

DAVID MANNER – atua como Diretor Executivo Associado da Convenção Batista do Sul do Kansas-Nebraska, com responsabilidades nas áreas de Adoração, Liderança e Administração.

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Ramon Chrystian
Ramon Chrystian é ministro de música e adoração, formado em música sacra pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB/RJ - FABAT), estudou guitarra elétrica na Faculdade Santa Cecília -SP, Conservatório Brasileiro de Música - RJ e Starling Academy of Music. Consagrado ao Ministério de Música na Igreja Batista Itacuruçá - Tijuca -RJ, atualmente é ministro de música na Terceira Igreja Batista de Cabo Frio/RJ. Autor do livro: Ministério de Música: Tensões na Liderança e a Renovação Pessoal. Ministra palestras em diversos congressos no Brasil tratando de temas como a elaboração de arranjos, guitarra elétrica e louvor e adoração. Como escritor colaborou com as revistas Louvor, Diálogo & Ação, o Embaixador. Colunista do jornal Tijuca em Foco, site Prazer da Palavra (Israel Belo de Azevedo) e Guitar Battle. Mantém o Blog www.letrasonora.com.br onde escreve periodicamente sobre música e adoração.

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