Música e Músicos: “Entes superiores”

A partir do século XIX a música começa a ter uma conotação de “Arte Superior”. Os músicos se tornaram uma espécie de “ENTE SUPERIOR”. 

Sem dúvida estamos em nossa sociedade aprisionados a este sentimento de superioridade em relação aos músicos.

Quando a música deveria ser uma arte natural e parte da expressão dos seres humanos, encontramos música mecanizada pelos padrões estéticos universais impostos pela Mídia, supérflua e dispensável, feita por pessoas “especiais”.

Nas igrejas, encontramos esse conceito de forma muito comum, e é compreensível de que isso aconteça, pois a igreja é de certa forma um retrato da sociedade. Compreensível sim, aceitável não. Ministros de música, educadores e pastores devem trabalhar a fim de reeducar essas concepções. Ninguém é especial por saber tocar ou cantar ou pregar. Quem assim se julga torna-se tolo.

"Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum." 

(1 Coríntios 12.4-7)

Cada coisa tem seu lugar, e o real valor da música no culto, bem como o caráter de serviço dos músicos devem ser ensinados constantemente para criar uma cultura interna de temor e serviço. Talvez assim, podemos ter certa resistência aos bombardeios constantes dessas concepções errôneas e universais.

Ramon Chrystian A. Lima
 
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