E, quando (Jesus) ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela. (Lucas 19.41)


Os evangelhos relatam o trabalho de Jesus. Ele andou por muitos lugares e realizou vários sinais (sabemos de muitos). Podemos perceber que ele teve focado em seu papel de salvar o homem e assim restaurar sua relação com Deus. Assim o fez. A história conhecemos e a lembramos a cada ano por várias vezes.

 Jesus realizou muitas coisas, mas não ficou focado em suas atividades como um fim. Jesus não deixou que seus afazeres o desviasse de sua missão. Podemos notar que o que realizou, o fez com o coração quebrantado. Jesus chorou sobre Jerusalém e se compadeceu pela humanidade. Ele sentiu na pele as dores do povo, suas angústias, sua opressão e as vezes suas alegrias. Nada ele fez por fazer. Jesus chorou porque as pessoas se preocupavam com tantas leis, ritos e práticas mas estavam perdendo a devoção sincera por Deus.

Ele é o nosso exemplo porque corremos o risco de realizarmos muitas coisas e perdermos a devoção.

Quantos afazeres nós temos…

A banda está bem estruturada?
As introduções, interlúdios estão ok? O contracanto está afinado? 
Hum… precisamos trocar a corda do violão…
O piano está alto? E o contrabaixo?
Bem… acho que uma nona cairia bem neste acorde… sus2 ou add9?
Os versículos da ordem de culto estão bem encadeados?… Uff estão.
E o Sermão? Hum… encontrei uma mensagem bonita…
O coro lembra das vozes? Como estão as becas? Cantamos em qual parte do culto?
Nossa… achei uma nova cantata de natal maravilhosa…
Rapaz… que arranjo!
Tem um cântico novo que vai ficar muito bonito no culto…precisamos ensaiar… vai casar com a mensagem do pastor…

E assim prosseguimos com o risco de termos cultos mecanicamente perfeitos e espiritualmente vazios.

Ao realizarmos qualquer coisa, tenhamos o mesmo sentimento que ouve em Jesus: os afazeres não são um fim, mas são meios para nos levar mais próximos do Senhor, para nos impulsionar e levar também outras pessoas à devoção. 

Assim como batemos vitaminas de frutas com leite no liquidificador e chega o tempo em que já não se pode mais separar o que é fruta do que é leite, assim também que os nossos afazeres sejam misturados com temor, com devoção sincera e contrição.

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