A educação musical é pouco valorizada e difundida no Brasil, mas é de fundamental importância no desenvolvimento do indivíduo. Os gregos sabiam muito bem e valorizavam este conhecimento como princípio formador do ethos de uma sociedade. Ethos significa valores, ética, hábitos e harmonia. São os traços característicos de um povo, seus costumes social e cultural. Logo, a música faz parte da formação da identidade de um povo.
Para os gregos, a música era tão importante e universal quanto o próprio idioma. Ela era um componente responsável por “direcionar a conduta moral, social e política de cada indivíduo” (NASSER, 1997).
A neurociência usa o termo “funções musicais” para designar “um conjunto de atividades cognitivas e motoras envolvidas no processamento da música.” (BALLONE, 2010). O estudo da música favorece conexões entre neurônios relacionados aos processos de memorização, atenção, raciocínio e matemática. Poderíamos ainda citar o cultivo da disciplina no estudo, uma virtude que deveria ser desenvolvida por todos nós, indivíduos integrantes de uma cultura social que não valoriza a contemplação, a paciência e a perseverança.
A música desenvolve o trabalho em equipe. Uma só pessoa não forma uma orquestra, banda ou um coro, mas cada um tocando e cantando em seu momento forma o conjunto onde o espectro sonoro se completa.
A música expressa sentimentos que podem não ser bem expressos em palavras, mas quando estes sentimentos são tocados ou entoados falam direto ao coração.
A prática da música ensina e dá coragem para que os alunos ultrapassem medos e assumam riscos. Por muitas vezes em nossa vida lidamos com medos e ansiedades. Encará-los e superá-los podem nos levar a ter uma vida mais saudável.
Os benefícios são inúmeros tanto para a sociedade quanto para cada indivíduo, seja crianças, jovens, adultos ou idosos. Este é o convite: cantando ou tocando estude e pratique música!
Referências
BALLONE, GJ – A Música e o Cérebro – Disponível em: www.psiqweb.med.br, 2010.
NASSER, NAJAT. O Ethos na Música Grega. Boletim do CPA, Campinas, nº 4, jul./dez. 1997.