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O uso de pentatônicas como ferramenta de improvisação

 

[dropcap cap="J"]á que existe a curiosidade por parte de muitos interessados no assunto dos improvisos, podemos entender que seria interessante abordarmos um pouco sobre as famosas pentatônicas.As pentatônicas são muito faladas nas conversas de quem estuda improvisação, mas por vezes, o seu uso é limitado às Pentas Maiores, menores e pentablues da própria tonalidade.[/dropcap]

O conceito que pretendemos desenvolver aqui é um pouco mais avançado, porém, muito eficaz para a utilização das técnicas de improvisos. Pretendemos colocar as principais opções… sendo que ainda podem haver outras.Vejamos então as fórmulas das pentatônicas que trataremos aqui:

Penta m7: 1-b3-4J-5J-b7

Penta m6: 1-b3-4J-5j-6

Penta (dominante c/ sétima): 1-3-4J-5J-b7

Penta m7b5: 1-b3-4J-b5-b7

Penta m7M: 1-b3-4J-5J-7M

O campo harmônico menor harmônico não gera muitas pentatonicas interessantes, já o C.H. menor melódico é mais rico, contendo mais opções de ferramentas para a utilização.

Campo Harmonico Menor Harmonico: (exemplos em dó)

Cm7M Dm7(b5) Eb7M(#5) Fm7 G7 Ab7M B⁰

Principais pentatônicas geradas no C.H. menor harmônico (Cm ):

II ⁰ – Dm7(b5) V ⁰ – G7

Campo Harmonico Menor Melódico: (exemplos em dó)

Cm7M Dm7 Eb7M(5#) F7 G7 Am7(b5) Bm7(b5)

Principais pentatônicas geradas no C.H. menor melódico (Cm ):

I⁰ – Cm6 II⁰ – Dm7 / Dm6 V⁰ – G7 VI⁰ – Am7(b5)

Dicas de Estudo e Aplicação de Pentas sobre II-V-I

Vamos tomar por exemplo uma progressão de II-V-I, sendo:

Dm7 G7 C7M

Podemos utilizar para fins de improvisação:

1. Sobre Dm7 (II⁰ dórico):

· Penta de Em7 – Boa por conter as “melhores” tensões disponíveis.
· Penta de Am7 – Boa sonoridade
· Penta de Dm7 – Essa é básica
· Penta de Dm6 – Essa é básica mas podemos já enfatizar o efeito dórico

2. Sobre G7 ( V⁰ mixolídio):

· Penta de Em7 – Bom
· Penta de Bm7(b5)

3. Sobre Gsus:

· Penta de Dm7

4. Sobre G7(b9):

· Usar Dm Blues- Pensando que ela é gerada no C.H. menor harmônico e tem uma #4, então Dm blues proporciona um cromatismo entre a 4J e a #4. Sonoridade muito interessante. Cuidado para não repousar seu fraseado na 4J.

5. Sobre G alt (b9, #9, #11, b13):

· Usar penta de Db Maior ou Bbm7 – Essa gera muitos intervalos alterados, penta excelente para utilizar nesse tipo de acorde.
· Penta de Abm6 – Muito boa opção também

6. Sobre C7M (I⁰ Jonio)

· Penta de C – básico
· Penta de Em7 – bom
· Penta de Bm7- melhor opção pois podemos produzir um efeito lídio devido à #4 de dó contida nesta penta.

7. OPÇÕES OUTSIDE PARA C7M:

Essas são algumas opções para podermos começar a “entortar” as coisas:

· Penta de F#m7 – Num contexto outside, pensando C#m7(b5) que difere de C7M apenas pela fundamental. C#m7(b5) é lócrio em D maior, portanto a penta de F#m7 fica muito boa pois gera um intervalo de b9 que tensiona mas não choca tanto.

· Abm melódico ( Pat Metheny) – Pensando no dominante G7, geralmente essa escala (neste caso não é penta) é usada em frases bem rápidas, sendo boa opção para entortar muito. Procura-se dar coerência à idéia fraseológica e resolver no acorde de C. É muito usado por Pat Metheny.

· Fm melódico – pensamos também no dominante, que dessa vez imaginamos Gsus (b9) = frigio 6 na menor melódica. Muito interessante o Efeito out. Muito tenso.

É muito importante frisar o bom senso do uso. Temos muitas opções e é interessante ir dominando aos poucos cada uma delas.

Espero que tenha ajudado e despertado um pouco tambem a curiosidade para essa área tão fascinante do mundo musical.

ramonchrystian.com

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