Pequenas Equipes de Louvor

Trago abaixo este artigo de Gary Durbin onde fiz algumas adaptações. No final do artigo tem a referência em inglês, onde você pode ler o artigo no site Worship Ministry.

Ele traz pontos de vista interessantes sobre as bandas que são mais “minimalistas”. Acredito que tenha algumas considerações muito interessantes que podemos aplicar tanto em um grupo menor quanto em um grupo maior.

Enfim, segue o artigo abaixo. Comente, compartilhe e tenha uma boa leitura!
Ramon Chrystian

Pequenas Equipes de Louvor
por Gary Durbin, Tradução e Adapt. Ramon Chrystian

Working_with_the_Worship_TeamSe você é um líder de adoração as chances de você ter iniciado em uma banda são grandes. Muito comumente, ela é pequena: 4 pessoas. É o que a equipe de louvor contemporânea parece: uma banda.

Há muitas coisas interessantes que ocorrem em uma típica banda, e o benefício principal é o tamanho. Na maioria das vezes as bandas são pequenas.

As equipes de louvor diminuiram seu tamanho durante os últimos 20-30 anos nas igrejas. Foi escolhido o conceito de coro e orquestra, que quando bem preparado, soa muito bem. Então, entrou-se o conceito de ter uma banda com 4 a 10 cantores, que é também conhecido como conjunto. Hillsong e Maranata modelaram isso bem. Vagarosamente percebemos as equipes reduzirem-se a um grupo com 4 a 6 instrumentos, um líder de louvor e algum backing vocal.

Não me entenda mal, não desejo dizer que o único conceito aceitável na igreja seja o de bandas, mas definitivamente vejo alguns benefícios.

O conceito de banda realmente tornou-se um ponto de vista comum na igreja moderna. Os benefícios do conceito de banda pequena traz benefícios para a equipe de louvor quando realmente levamos a ideia a sério.

Os benefícios são:

QUALIDADE – De um modo geral, quando você tem menos músicos e vocalistas na plataforma, a qualidade tende a ser naturalmente melhor. Existe menos som a ser mixado pelo técnico e tem-se uma “performance” mais contida. Resumindo: é mais fácil de gerenciar.

COMUNIDADE – Quando você tem um grupo menor que toca junto regularmente, você vê os relacionamentos e laços se formando, porque é basicamente um grupo pequeno. O círculo é menor, então as pessoas se achegam mais.

Que líder de adoração não gostaria destes atributos na equipe de louvor?
A única coisa é que há uma grande diferença entre uma BANDA e uma EQUIPE DE LOUVOR.

A diferença pode ser definida em uma palavra: IGREJA.

Uma banda faz performance para as pessoas.
Uma equipe de louvor serve a igreja ajudando-as a focarem em Deus.
Uma banda tem o privilégio de ser estática e ter os mesmos músicos e vocalistas para cada show.
Uma equipe de louvor necessita ter um coração inclusivo, especialmente no decorrer do crescimento da igreja.

Mas, como uma equipe de louvor mantém os benefícios de QUALIDADE e COMUNIDADE e se ainda permanece inclusiva? Como se manter um grupo pequeno?

1- AUDIÇÃO – Uma coisa que aprendi é que devemos ser inclusivos, mas não devemos ser completamente inclusivos. Nem todo mundo deve cantar ou tocar um instrumento. As audições nos dá a oportunidade de selecionar. Os grandes líderes colocam as pessoas nas áreas em que elas são melhores.

Lembre-se que é muito mais difícil pedir uma pessoa para deixar a equipe do que lhe dizer um “não” inicial. As audições permitem a equipe ficar o mais enxuta possível e ter um padrão de qualidade. Audições podem afetar negativamente as pessoas de vez em quando, mas sempre será positivo para a igreja se feitas corretamente. Está ok em buscar a excelência, Salmo 33.3 diz: cantai uma nova canção; tocai bem e com júbilo.

Calendar_02- ESCALAS – Como um líder de adoração, desenvolvi uma inegociável filosofia. A filosófica é: Escalas, escalas e escalas. Igreja são pessoas. A igreja é para pessoas se conectarem com Deus e uns com os outros. Lembre-se que a concepção é de banda, mas não é uma banda. É uma equipe de louvor e realmente, quando você olha bem, é a igreja. I Coríntios 12 fala sobre a igreja ser feita de muitos membros, mas um corpo. Como equipe, somos igreja.

Se não há escala ou uma oportunidade para realizar uma, estamos sendo exclusivos. Há um favorecimento para que os membros da equipe se tornem “proprietários” da posição que estão ocupando. Os pontos positivos de uma escala são muito maiores que os pontos negativos. O desafio óbvio é que o time muda regularmente. O lado bom é que mais pessoas usam seus dons e servem a igreja. Outro desafio é manter a qualidade em todas as semanas. Em contrapartida, os melhores músicos desafiarão/incentivarão os outros a melhorar, neste ínterim, todos ganham e crescem.

Quanto mais pessoas há para a escala de uma posição, mais forte esta posição se torna. É um grande benefício que nenhuma posição fique dependente de apenas uma pessoa. A escala permite que a equipe continue pequena em toda semana, assim, mantêm-se os benefícios de um grupo pequeno.

Talvez você esteja em uma situação em que não pode se dar o luxo de ter pessoas suficientes para realizar escalas. Tudo bem. Você pode e deve provocar um sentimento não-territorial na sua equipe agora mesmo. Como fazer? Simplesmente compartilhe a visão e mantenha esta idéia sempre à vista deles. Certifique-se de que saibam que um dia provavelmente compartilharão suas posições. Isto lhe permitirá fazer mudanças no futuro com pouca resistência e sem surpresas.

Um outro ponto a ser trabalhado é a humildade. O orgulho provocará os instrumentistas e vocalistas a serem territoriais. Isto machuca a equipe. A escala manterá a equipe pequena numericamente, mas será também um lembrete que somos todos só uma pequena parte do Reino de Deus.

3- RELACIONAMENTO – Como líderes de adoração, nós precisamos ter como objetivo conhecer nossa equipe. Encorajar as pessoas. O relacionamento trará mais “química” ao grupo. Em joão 13, Jesus nos ordena a amar uns aos outros. Os relacionamentos são nosso combustível para estarmos juntos como igreja e pode ser uma grande vantagem como uma equipe de louvor.

helping-handsOs relacionamentos ultrapassam os domingos e vão através da semana. As pessoas não vão somente tocar juntas, mas também orar juntas. Essencialmente, isso torna também a equipe de louvor em um grupo pequeno. Se podemos relacionar uns com os outros além da música, alguma coisa acontece. Uma aproximação acontece.

Quanto maior a equipe for, mais vitais e desafiadores os relacionamentos se tornam. Mesmo que seu grupo for pequeno agora, certifique-se que haja momentos facilitadores da comunhão, mesmo que o grupo cresça numericamente.

Novamente, não estou sugerindo que uma banda de 4 a 6 componentes é o único caminho a seguir. Você pode ter uma equipe de louvor muito maior e que é maravilhosa. Está ótimo! Se funciona em sua igreja, siga em frente! Só lembre-se de perseguir a proximidade com as pessoas… a igreja. Tenha um relacionamento mais estreito.

Manter o grupo pequeno pode às vezes ser um grande desafio, mas é um esforço que vale a pena. É mais fácil perder de vista os detalhes quanto maior for o seu grupo. Certifique-se de ficar tão pequeno quanto possível, não apenas para o seu benefício, mas para o benefício de sua igreja.

A equipe de louvor pequena pode trazer um impacto tremendo.

Artigo Original: http://www.worshipministry.com/small-worship-team/

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Ramon Chrystian
Ramon Chrystian é ministro de música e adoração, formado em música sacra pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB/RJ - FABAT), estudou guitarra elétrica na Faculdade Santa Cecília -SP, Conservatório Brasileiro de Música - RJ e Starling Academy of Music. Consagrado ao Ministério de Música na Igreja Batista Itacuruçá - Tijuca -RJ, atualmente é ministro de música na Terceira Igreja Batista de Cabo Frio/RJ. Autor do livro: Ministério de Música: Tensões na Liderança e a Renovação Pessoal. Ministra palestras em diversos congressos no Brasil tratando de temas como a elaboração de arranjos, guitarra elétrica e louvor e adoração. Como escritor colaborou com as revistas Louvor, Diálogo & Ação, o Embaixador. Colunista do jornal Tijuca em Foco, site Prazer da Palavra (Israel Belo de Azevedo) e Guitar Battle. Mantém o Blog www.letrasonora.com.br onde escreve periodicamente sobre música e adoração.

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